"Lambuzados de orvalho,
Minhas mãos em seus seios,
Madrugada vadia,
Minhas pernas entrelaçadas,
Com suas pernas embaralhadas.
A respiração ofegante,
O gosto de vinho,
Tinto e rascante,
Janelas abertas
É tão doce o pecado.
Rasgar sua blusa,
Libertar os seus seios,
Espremê-los de anseios,
O seu ventre suado,
Me chama, me aquece,
O seu cheiro, o seu cheiro...
Me embriaga e enlouquece.
A lua enxerida
Nos espiona, é claro !
Abafar seus gemidos.
Com um beijo, meus lábios,
Ocupar os espaços,
É tão forte o abraço,
Olhar nos seus olhos,
Perceber o delírio,
Perceber as narinas,
Dilatadas, desejos...
Deixar gravado em seu corpo.
Minhas marcas, meu nome,
Nos seus ouvidos segredos,
Coisas bem indecentes.
Uma parte de você diz não !
Mas a outra se entrega,
Não nega que gosta !
De me sentir abusado.
Por todos os cantos e lados,
Pois eu sou o veneno.
Que alimenta o seu corpo,
Pois sou eu quem sacia
A sua inquietude tamanha,
Pois só assim você se aquieta,
Adormece, sonha
E esquece a está dor."
(NALDO VELHO)
(NALDO VELHO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário