Seguidores

segunda-feira, 9 de junho de 2008

MENSAGEM






"E sinto-te em conflitos,
Mesmo depois de tantas guerras travadas,
De tantas vitórias alcançadas...
Sinto-te imerso em desesperanças,
Em vagas andanças,
Por ermos hostis...
Percebo-te ainda radical,
Mesmo sob a pureza que existe em ti
Sinto-te a revolta,
E percebo que caminhas
Por um caminho sem volta,
O caminho da desesperança!

Aqui estamos, meu amigo, eu e tu,
Sócios de conquistas,
Aliados de aventuras,
Parceiros de desventuras...
E à nossa frente a amplidão do mar...
Há algo a compreender,
Então não vês?
Não sentes a compulsão de amar?
O que nos diz este sol
Que incendeia a água?
O que nos ensina a gaivota
Em sua eterna pescaria?
O que, senão que cada dia
É dia de novas lutas,
É dia de sentir a felicidade
Presente em nossas veias,
De buscar novas candeias
Que nos ilumine o caminho?


E esse calor do sol
Queimando tua fronte?
Não sentes a vida
Fluindo como uma fonte,
Escorrendo das nuvens,
Em rios de novos renascimentos?
Olha a cascatas de luz
Que este sol de fim de tarde
Espalha no oceano,
E percebe que no horizonte, lá, bem distante,
Para além de onde o sol toca o mar,
Para muito além de onde deixamos os sonhos,
Para além dos planos fúteis,
Lá, na região das esperanças,
Dos sonhos renovados,
Lá onde uma misteriosa luz
Insiste em permanecer acesa,
Lá, para além da dor,
Para além dos conflitos
Para além do país dos aflitos,
Há uma chama tremeluzindo,
Uma chama eterna de amor...


(J. B. Xavier)


Nenhum comentário: