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quarta-feira, 16 de abril de 2008

MENSAGEM




"Dizes que sofres angústlas


Até mesmo quando em casa,

Que a tua dor extravasa

Nas cinzas da depressão.


Que não suportas a vida,

Nem te desgarras do tédio,

O fantasma, em cujo assédio

Afirma que tudo é vosso.


Perto da rua em que moras

Há uma viúva esquecida,

Guarda o avô quase sem vida

E três filhinhos no lar;

Doente, serve em hotel,

Trabalha na rouparia,

Busca o pão de cada dia,

Sem tempo para chorar.


Não longe triste mulher,

Num cublculo apertado,

Chora o esposo assassinado

Que era guarda de armazém...

Tem dois filhinhos de colo.

Por enquanto, ainda não sabe.

O que deve fazer da existência.

Espera pela assistência

Dos que trabalham no bem.


Um paraLltico cego,

Numa esteira de barbante,

Implora mais adiante

Quem lhe dê água a beber...

Ninguém atende... Ele grita,

Na penúria que o consome,

Tem sede e febre, tem fome,

Sobretudo quer morrer.


Depressão? Alma querida,

Se tens apenas tristeza,

Se te sentes indefesa,

Contra a mágoa e dissabor,

Sai de ti mesma e auxilia

Aos que mais sofrem na estrada.

A depressão é curada

Pelo trabalho do amor."

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